- Vídeo reforço sobre queda do império.
segunda-feira, 27 de junho de 2016
Queda do império romano
Quando se fala em Queda do Império Romano, deve-se entender que se trata da queda do Império Romano do Ocidente, isto é, a porção do vasto Império Romano que tinha por sede a cidade de Roma, haja vista que a porção oriental do Império, cuja sede era Bizâncio (depois Constantinopla), vigorou até 1453.
O processo de declínio do Império Romano do Ocidente começou em meados do século IV d.C., sobretudo em razão da série de problemas que desde o século III o assolava, como as invasões bárbaras, a crise econômica e a disputa dos militares pelo poder.
As ondas migratórias dos povos bárbaros do norte da Europa e de regiões da Ásia em direção a Roma, provocadas por transformações climáticas e outros fatores similares, forçavam o Império a repelir os invasores e a mover progressivamente mais contingentes do exército para a defesa do centro do Império, que era a cidade de Roma.
Do ponto de vista econômico, o Império entrou em crise sobretudo após o colapso do sistema escravista, que teve de ser substituído pelo sistema de colonato, que consistia na relação entre pessoas com precárias condições de subsistência e grandes proprietários de terras, que contratavam seus serviços e, em troca, ofereciam proteção e terras para o trabalho. Muitos proprietários que possuíam escravos passaram a libertá-los e a estabelecer também o regime de colonato com eles. Esse processo acabou por provocar uma decadência dos centros urbanos e da atividade comercial nas cidades.
Outro fenômeno que ganhou proporção grandiosa em meio à crise do Império foi a ascensão do cristianismo. Os cristãos, que já habitavam os domínios do Império há bastante tempo, passaram a crescer numericamente. Esse fato levou o Imperador Constantino – que, depois, transferiu a sede do Império Romano para Bizâncio – a instituir o cristianismo como religião principal do Império Romano, tendo ele próprio se convertido
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Invasões Barbaras
Que o império romano era gigantesco todos nós sabemos. Porém isso acarretou uma série de dificuldades ligadas a manutenção de seus territórios. Terras férteis e clima ameno foram alguns dos fatores que interessaram povos vizinhos a adentrar o território Romano. Além desse interesse, não tiveram outra saída, pois estavam sendo ameaçados e pressionados por outros povos, sendo a única alternativa fugir e entrar em terras romanas.
Naquele período, os romanos tinham o costume de chamar invasores de bárbaros, o que era uma herança grega, pois eles designavam bárbaros aqueles estrangeiros que não eram gregos ou não tinham como língua materna a linguá grega. As invasões desses povos bárbaros foram de grande importância para que se desencadeie uma crise no Império Romano.
Primeiramente pelo intercâmbio cultural que isso desencadeava, trazendo influências estrangeiras para dentro do Império do Romano. Fato que se comprova na Idade Média quando há uma mistura de instituições e costumes de origem romana e germânica.
Era normal declarar guerra a um povo que invadisse seu território, mas o Império Romano acabou lidando com isso de outra maneira. Muitos dos bárbaros, que estavam fugindo das pressões de outros povos decidiram pedir ajuda ao Império Romano, que aceitou ajudá-los, com a condição de garantir a proteção das fronteiras de determinadas regiões. Um desses povos foram os visigodos, que se hospedaram na região com a autorização das autoridades e logo em seguida se tornaram uma ameça pois poderiam tentar controlar politicamente a região. Essa ideia de poder controlar algum território do Império não foi ideia apenas dos visigodos, isso acabou sendo frequente no imaginário desses povos. Se todos os bárbaros que estavam residindo dentro do império resolvesse tomar o poder, o estado romano certamente não daria conta de tantas revoltas.
O império Romano então passou a sofrer com várias incursões bárbaras para dentro de seus territórios e protege-lo estava ficando cada vez mais difícil. Os visigodos por exemplo conquistaram a península ibérica e a gália. Os vândalos chegaram a conquistar o norte da África e formaram seu reino. Já os francos conquistaram uma porção da Galia. Os Anglo e Saxões conquistaram a ilha da Bretanha.
Império
Recebe o nome de Império Romano (em latim, Imperium Romanum) o estado existente entre 27 a.C. e 476 d.C. e que foi o sucessor da República Romana. De um sistema republicano semelhante ao da maioria dos países modernos, Roma passa a ser governada por um imperador vitalício, e que em 395 dividirá o poder com outro imperador baseado em Bizâncio, (depois rebatizada Constantinopla e atualmente Istambul). Foi em sua fase imperial (por volta de 117 d.C.) que Roma acumulou o máximo de seu poder e conquistou a maior quantidade de terras de sua história, algo em torno de 6 milhões e meio de quilômetros quadrados, um território do tamanho do Brasil, sem os estados do Pará e Mato Grosso.
O império tinha por característica principal uma estrutura muito mais comercial do que agrária. Povos conquistados eram escravizados e as províncias (regiões controladas por Roma) eram uma grande fonte de recursos. O primeiro imperador foi Otávio, entre 27 a.C. a 14 d.C. Antes, porém, é importante citar Júlio César, que com suas manobras políticas acabou por garantir seu governo vitalício, entre 49 a.C. até seu assassinato em 44 a.C. Apesar de não ser considerado imperador, César foi o verdadeiro responsável pela consolidação do regime; prova disso é que todos os seus sucessores passam a receber o título de "césar", e seu perfil é incluído em meio ao dos imperadores romanos na histórica obra "As Vidas dos Doze Césares", de Suetônio.
O Império Romano foi governado por várias dinastias:
- Dinastia Júlio-Claudiana (de 14 a 68)
- Dinastia dos Flávios (de 69 a 96)
- Dinastia do Antoninos (de 96 a 192)
- Dinastia dos Severos (de 193 a 235)
A religião politeísta romana, em muitos aspectos similar à da Grécia antiga foi a principal do Estado durante boa parte de sua história, até 313, quando o imperador Constantino institui o Edito de Milão, que tornaria o cristianismo religião oficial do império até o seu final. Em 395, o imperador Teodósio divide o império, estabelecendo uma duarquia, com um imperador em Roma, responsável pela metade ocidental e outro em Bizâncio, responsável pela metade oriental do império.
Por volta do século III, inicia-se a lenta decadência do Império Romano, devido à corrupção dentro do governo e os gastos com luxo, o que drenava os investimentos no exército. Com o fim das conquistas, diminui o número de escravos, e há uma queda na produção agrícola. Isso gerava por sua vez um menor pagamento de tributos das províncias. As constantes pressões do bárbaros, aliados aos problemas já citados culminam com o fim do Império Romano do Ocidente, em 476.
De acordo com a leitura de muitos historiadores, porém, o Império Romano só chegou de fato ao seu fim em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos. Isto porque, apesar de ser conhecido nos manuais de história como Império Bizantino (império cuja capital é Bizâncio), seu nome oficial era Império Romano, e seus cidadãos geralmente se denominavam romanos, apesar da religião estatal ser a ortodoxa grega e a língua oficial ser o grego. Aliás, o adjetivo "romano" permaneceu na língua grega com o mesmo sentido até mesmo depois da unificação grega em 1821.
República
A República Romana teve início em 509 a.C. a partir de uma revolta dos patrícios que tirou do poder a monarquia etrusca. Esta fase da história romana vai até o estabelecimento do Império Romano em 27 a.C.
Estrutura política da República Romana
- Consulado (poder executivo) composto por dois cônsules.
- Senado (poder legislativo) - os 100 senadores (patrícios) eram escolhidos pelos cônsules.
- Assembleia dos Cidadãos (composta por patrícios) - elaborava leis que eram promulgadas pelo Senado.
- Ditadura - convocada pelo Senado em períodos de crise social ou política.
- Pretores - poder judiciário.
- Censores - responsáveis pela classificação da sociedade de acordo com a renda.
- Edis - administradores municipais.
- Questores - responsáveis pela administração dos recursos financeiros.
Características principais da República Romana:
- Domínio da política exercido pelos patrícios (donos de terras);
- Através do controle do poder e das instituições políticas, os patrícios buscavam sempre se beneficiarem;
- Sociedade escravista;
- Voto baseado em rendas (censitário);
- Ausência de democracia, pois embora os plebeus pudessem votar, o poder político dos patrícios era superior já que tinham muito mais renda;
- Sociedade hierarquizada composta por: Patrícios (minoria com domínio político e econômico); equestres (comerciantes); plebeus (homens livres); clientes (agregados dos patrícios); escravos (maior camada social);
- Sociedade patriarcal.
Lutas sociais entre plebeus e patrícios (séculos V a IV a.C.)
- Causas: Insatisfação dos plebeus com a falta de direitos políticos e posse de terras. Esta insatisfação se transformou em revoltas sociais entre plebeus e patrícios.
- Através das revoltas, os plebeus conquistaram vários direitos sociais e políticos: fim da escravidão por dívidas; criação dos tribunos da plebe (direito a vetar decisões do Senado que fossem prejudiciais aos plebeus); igualdade civil (liberação de casamento entre plebeus e patrícios); igualdade religiosa (direito de atuarem como sacerdotes) e ampliação de direitos políticos (eleger representantes para diversos cargos políticos).
Conquistas militares
Foi a partir do século III a.C. que os romanos começaram a fase de expansão territorial, através de conquistas militares. Após derrotarem os cartagineses nas Guerras Púnicas, os romanos passaram a controlar o Mar Mediterrâneo. Em seguida, os romanos passaram a atacar outros territórios como, por exemplo, Síria e Macedônia. Em 59 a.C foi a vez da região da Gália ser atacada pelos romanos, comandados por Júlio César.
Consequências das conquistas militares: transformações em Roma e crise da república
- Com as conquistas, ocorreu um aumento da concentração de terras em posse dos patrícios (formação de latifúndios);
- Aumento da quantidade de escravos (prisioneiros de guerras);
- Surgimento dos cavaleiros, grupo social novo composto por militares que enriqueceram com as conquistas militares;
- Aumento do êxodo rural (principalmente de camponeses), provocado pelo uso excessivo de mão-de-obra escrava no campo. Este fato fez aumentar a população das cidades romanas e, por consequência, o surgimento de problemas urbanos;
- Participação dos generais romanos da vida política de Roma;
- Tentativa frustrada de Reforma Agrária (de 131 a 121 a.C.) lideradas pelos irmãos Tibério e Caio Graco. Esta reforma agrária tinha como objetivo fazer uma divisão das terras conquistas entre os plebeus e diminuir as tensões sociais. Porém, teve forte oposição dos patrícios e generais romanos;- Aumento dos conflitos sociais entre plebeus, patrícios e cavaleiros. Estes conflitos geraram a crise da república romana, abrindo caminho para o estabelecimento do império.
Monarquia
A Monarquia Romana foi a primeira forma política de governo da Roma Antiga. Este período teve início com a fundação lendária da cidade em 21 de abril de 753 a.C e durou até a queda do último rei, Tarquinio o Soberbo, em 509 a.C.
Após este período teve início a República Romana.
Reis Romanos da época da monarquia
Os nomes e fatos deste período são baseados em lendas e textos do historiador romano Tito Lívio.
Porém, não são considerados como dados históricos pela historiografia moderna que estuda este tema.
Os reis romanos da Antiguidade:
- 753 a. C. - 716 a. C. - Rômulo (fundador de Roma junto com o irmão Remo)
- 716 a. C. - 674 a. C. - Numa Pompilio
- 674 a. C. - 642 a. C. - Túlio Hostilio
- 642 a. C. - 617 a. C. - Anco Marcio
- 617 a. C. - 579 a. C. - Lúcio Tarquinio Prisco
- 579 a. C. - 535 a. C. - Sérvio Túlio
- 535 a. C. - 509 a. C. - Tarquinio, o Soberbo
- 716 a. C. - 674 a. C. - Numa Pompilio
- 674 a. C. - 642 a. C. - Túlio Hostilio
- 642 a. C. - 617 a. C. - Anco Marcio
- 617 a. C. - 579 a. C. - Lúcio Tarquinio Prisco
- 579 a. C. - 535 a. C. - Sérvio Túlio
- 535 a. C. - 509 a. C. - Tarquinio, o Soberbo
Características principais da monarquia romana:
- Escolha dos reis de acordo com suas virtudes;
- Governo vitalício;
- O rei era considerado pelo povo como uma espécie de mediador dos deuses. Portanto, possuía autoridade religiosa;
- O rei também era o chefe judicial, possuindo poderes absolutos sobre as leis;
- Na monarquia romana havia também a Assembleia e a Cúria, porém com poucos poderes políticos em comparação aos poderes reais;
- O monarca possuia poderes militares e também de escolher cargos públicos.
Características de Atenas e Esparta
As cidades de Esparta e Atenas se formaram durante o período Arcaico, no contexto da formação das primeiras polis gregas, processo que se consolidou entre 700 a.C. a 500 a. C. quando os Genos (tribos) nômades se tornaram sedentários.
Mesmo que se denominassem Helenos e compartilharem de alguns costumes e tradições, como as divindades e os privilégios à aristocracia local, os gregos eram totalmente independentes entre si e possuíam diferenças marcantes, o que não permite afirmarmos a existência de uma nação grega. E, dentre todas as cidades, Esparta e Atenas constituíram as duas maiores antíteses da Grécia Antiga.
Observe que, a sociedade espartana já havia se tornado uma potência grega em torno de 520 a.C., quando dominava a Liga do Peloponeso. Foi nessa época que começaram os atritos com Atenas. Ora, em 510 a.C., Cleômenes de Esparta tenta vencer os atenienses, mas é derrotado. Contudo, alguns anos mais tarde, em 480 a.C., estas duas cidades irão se unir contra o rei Xerxes, do Império Persa, com Atenas esmagando sua força naval e Esparta destroçando suas forças terrestres.
Contudo, apesar de saírem vitoriosas contra os persas, as rivalidades entre as potências gregas aumentam quando Atenas começa a despontar como a maior potência marítima da Grécia, após a criação da Liga de Elos, o que deu início a Guerra do Peloponeso, em 432 a.C, na qual Esparta se sagrou vitoriosa em 404 a.C. Todavia, o desgaste provocado pelo confronto enfraqueceu as duas cidades, o que possibilitou a dominação de Tebas, em 370 a.C., a qual se torna a potência dominante até a conquista da Grécia pelo o rei Filipe, da Macedônia, em 338 a.C..
Principais Características de Esparta
Esparta (ou Lacedemônia) surgiu em torno de 1200 a.C., quando os Dórios, que dominavam técnicas de metalurgia para fabricar ferro, conquistaram o sul do Peloponeso. Em 700 a.C., eles já haviam derrotados seus inimigos e conquistaram toda a península, transformando-os em vassalos e escravos. Isso deu a Esparta uma grande quantidade de terras férteis, o que facilitou o seu isolamento e lhe garantiu a alcunha de xenófobos (aversão aos estrangeiros).
Sobre sua educação, esta começava aos 7 anos de idade para os homens e aos 12 para as mulheres. Basicamente, seu treinamento se resumia na preparação física e psicológica, de cunho militarista, para transformar os homens em poderosos e obedientes guerreiros. Por sua vez, as mulheres também eram treinadas para o combate, e sua educação as preparavam para conduzir todos os assuntos domésticos na ausência dos maridos. Além disso, elas eram bem vindas nas assembleias e nas competições desportivas.
Não obstante, os únicos a terem direitos políticos na sociedade espartana eram os descendentes diretos dos dórios; eles eram servidos pelos periecos, descendentes dos aqueus conquistados que praticavam o comércio e artesanato; por fim, a base da sociedade era composta pelos hilotas, escravos capturados durante as guerras.
Politicamente, Esparta dividia o poder entre dois reis (Diarquia), um militar e outro religioso, que governavam respeitando as decisões da Gerúsia, (conselho composto por 28 anciãos com mais de 60 anos), e a Apela (conselho formado por espartanos acima de 30 anos).
Principais Características de Atenas
A cidade de Atenas foi estabelecida pelos Jônios por volta de 1600 a.C, na região da península Ática. Outros povos creto-micênicos, como aqueus, jônios e eólios também compuseram o seu povo.
Como não possuíam terras férteis para agricultura, os atenienses se dedicaram à pesca e ao comércio marítimo, aproveitaram de sua posição geográfica estratégica para desenvolver o comércio de trigo, uva e azeitona e cerâmica com as colônias gregas no Mar Mediterrâneo e na Ásia menor.
Mais equilibrados, os atenienses conciliar o desenvolvimento físico e mental durante a educação de seus cidadãos, a qual era um privilégio das famílias mais abastadas. Não obstante, valorizavam grandemente a arte e a literatura, o que transformou Atenas no centro cultural da Grécia e berço da Filosofia Ocidental e da Democracia. Contudo, as mulheres não desfrutavam muito dessa educação, uma vez que eram criadas para serem dóceis e submissas, prendadas apenas para as atividades domésticas cotidianas.
Atenas conheceu um sistema monárquico de governo até os séculos VIII-VII a.C., quando instaurou-se a Democracia. A despeito disso, seu governo era essencialmente uma Oligarquia (Governo de poucos), na qual as famílias eram mais importantes conforme sua proximidade na linha de parentesco com os fundadores da cidade. Assim, os grandes proprietários de terra (eupátridas) ficavam com as melhores propriedades, enquanto aqueles mais distantes na linha de parentesco (georgóis) ficavam com propriedades menores.
Por sua vez, os artesões especializados (demiurgos) não possuíam terras e status e os Thetas eram a base da sociedade, podendo, muitas vezes, serem sujeitados à escravidão. O governo em Atenas emanava da Eclésia, uma assembleia popular, onde participavam apenas os cidadãos do sexo masculino, com mais de dezoito anos, com ao menos dois anos de serviço militar e filhos de um pai nascido na polis.
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